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Estudo revela: 95% das empresas brasileiras pagam mais impostos do que deveriam

Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revelou que, em 2022, 95% das empresas brasileiras pagaram mais impostos do que o necessário. De acordo com especialistas, a principal causa desse cenário é a complexidade do sistema tributário nacional, que conta com milhares de normas em constante atualização.

Para Wallisson Deziderio, CEO da Billion Contabilidade, “a complexidade tributária faz com que tenhamos várias interpretações diferentes sobre o mesmo imposto. O fato de existirem muitas contabilidades conservadoras também contribui para que esse percentual permaneça tão elevado.”

A dificuldade em classificar corretamente os impostos incidentes sobre produtos e serviços é uma realidade em muitos setores. Há segmentos que comercializam mais de 13 mil itens distintos, o que torna o cálculo tributário um desafio — e um campo fértil para erros e pagamentos indevidos.

Planejamento tributário: o primeiro passo para economizar legalmente

Com a promulgação da Reforma Tributária em dezembro de 2023, o sistema passará por mudanças importantes nos próximos anos. No entanto, alguns princípios permanecem fundamentais — e entre eles está o planejamento tributário.

Trata-se de uma análise estratégica da operação da empresa. Isso inclui entender quem são os clientes, onde estão os fornecedores, qual é a projeção de faturamento, quais são os insumos utilizados, entre outros fatores. Esse diagnóstico detalhado é essencial para identificar oportunidades de economia dentro da legalidade.

Recuperação de impostos: oportunidade ou ilusão?

Outra alternativa para recuperar valores pagos indevidamente é o processo de recuperação tributária. Porém, essa opção não é viável para todos os negócios. A recuperação consiste em identificar tributos pagos a mais e solicitar sua devolução junto ao Fisco — o que exige conhecimento técnico e acompanhamento especializado.

Escolha do regime tributário: uma decisão estratégica

Muitas empresas permanecem no Simples Nacional acreditando que este é sempre o regime mais vantajoso, ou evitam migrar para o Lucro Real por receio de lidar com exigências mais complexas. No entanto, essa decisão deve ser baseada em critérios técnicos, não em suposições.

No Lucro Real, os impostos são calculados com base no lucro efetivo da empresa, o que pode representar economia significativa para negócios com margens menores ou que possuem altos volumes de compra e contratação de serviços. Já no Simples Nacional, a tributação ocorre sobre o faturamento bruto — ou seja, mesmo que a empresa não lucre ou registre prejuízo, o imposto é devido sobre o total de receitas. Além disso, as alíquotas são progressivas e aumentam conforme o faturamento.

Diante de um cenário tão desafiador, entender a realidade tributária do seu negócio e contar com um bom planejamento é mais do que uma boa prática — é uma necessidade estratégica. Diminuir a carga tributária de forma legal, eficiente e sustentável é possível. Basta começar com informação, análise e as parcerias certas.

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